Cronicas/poesias e reflexões

CRONICAS DE UMA VIDA

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

SANGUE ITALIANO


Hora do resgate . O sangue italiano corre de novo pelas veias do Brasil.Os imigrantes retornan de um passado em preto e branco ( momentos que ficaram gravados em fotos de famílias e museus da nossa história ) trazendo de novo aquela esperança de vida nova, com empreitadas bem sucedidas e vitoriosas.
Os navios aportavam em Santos e Rio de Janeiro apinhados de gente e de sonhos.Foram tantas e tantas gerações que se esparramaram pelo Brasil afora ( inclusive minha família,os Boselli  )  fazendo de tudo um pouco para sobreviverem.


Os Boselli foram parar num lote de terra no interior de São Paulo,chamado Itagaçaba. Meu avô plantava uvas e fazia vinhos ( produção pequena ) e minhas tias pelo que sei trabalhavam pra burro na casa, na horta, na cozinha,no celeiro, no terreiro de café e sei lá mais o que. A vida era dura e sem mimimimimi. Nenhum conforto tecnológico.Nada que facilitasse a lida doméstica e da roça, tipo trator, maquinas de aguar, microondas, maquinas de lavar roupa,abajour,máquinas de podar ou colher grãos…Era na força bruta: machado, enxada, foice, cavalo, vaca, bezerro,galinha,milho,café,vinho caseiro, fogão a lenha, linguiça e banha caseira, porco que comia restos de verduras e legumes, lamparina a querosene, alguns cachorros amigos e Deus protegendo e dando saude. As vezes não. Minhas tias se auto medicavam ; uma dava injeção na outra e teve uma que morreu de tétano devido a uma injeção que arruinou. Nem caixa de água com cordinha tinha  pra gente puxar e jogar água no caixote das necessidades ( fossa ) na casinha que ficava lá fora no quintal.
Meu avô e família trabalhavam pra caramba de sol a sol. Lembro de minhas tias acordando de madrugada pra começar a lida da casa. E eu quando ia de ferias, tomava banho de bacia com um monte de linguiça pendurada em cima da cabeça,secando num varal de arame.


Há…os colchões eram feitos com palha de milho e travesseiros com penas de galinha.
Essa vida dura dos imigrantes corre nas veias de todo brasileiro que tem pé e alma na italia. A eleição de Bolsonaro mexeu com a italianada do Brasil e ressuscitou os antepassados que estavam adormecidos na história. Ressuscitou sonhos, desejo de mudanças, vontade de trabalhar duro para vencer e garra para não esmorecer. Espero que tenha ressuscitado também a alegria que - graças a Deus - habita na alma da italianada e que agora precisa ser compartilhada com todo brasileiro desse imenso território nacional.
A parte ruim da história na Itália pode ficar no passado mesmo. : os Imperadores romanos e suas bizarrices cruéis, os facistas e outras aberrações históricas, podem ficar bem longe no tempo, sem chance nenhuma de retornar ( assim espero ) porque será melhor para todos nós e para o Brasil ( tão lindo, tão colorido, tão alegre e tão cheio de esperanças, como mostram as estrelas no céu )


Boselli é “fazedor de sapatos “. Espero que Bolzonaro seja  ( embora já tenha pesquisado no santo google tradutor ) eu quero que seja
“ aquele que trabalha sem medo ” 


"aquele que abre caminhos ”
“ homem honesto “
” cumpridor de promessas “
 

Agora é a vez de pão com macarrão, guardanapo no pescoço e garrafa de vinho tinto.

Mangia che te fa bene !

                                     Maat* 2018 / Maria da Penha Boselli*


terça-feira, 4 de dezembro de 2018

BRASIL DO FUTURO



Finalmente uma luz no fim do túnel..?

Uma luz na lamparina..?
Uma estrela que desponta no horizonte ..?


Um fósforo aceso…que seja !

 

Sim…porque na escuridão, qualquer faísca de pensamento bom já funciona como fosse um fósforo aceso, ou seja, traz luz.
Finalmente ( mesmo que dúvidas pincelem os pensamentos, mesmo que experiências do passado nos amedrontem ) parece que esse caminho é mais seguro que outros que nos levavam ao abismo. Tenho esperança que sim.

Ái  Brasil…tomara que sua exuberância não se perca em mãos criminosas e levianas, nunca mais.
Espero que agora você possa estar nas mãos de almas boas e bem intencionadas. Não quero mais me iludir nem me enganar. Já não tenho mais idade para isso. Quero apenas garantir para futuras gerações, onde incluo filhos e netos, um pais pacífico,dono das suas riquezas e do seu destino.
O ano está acabando…Natal…Ano Novo…A esperança se manifesta no Menino Jesus na manjedoura, na Estrela de Belém e nos três Reis Magos. Manifesta-se também nos corações cheios de Boa Vontade e cansados de ver esse pais atolado na lama e encalhado sem sair do lugar. Agora…para aqueles que erraram, manipularam, roubaram, se falsearam e usaram máscaras ; aqueles que mentiram e se apropriaram do bem alheio, que ignoraram o pobre humilde,desviaram  o lanche da criança faminta e desperdiçaram remédios que podiam curar...Bom…para esses o Ano Novo traz expectativas angustiantes, : dúvidas, incertezas com o futuro, cautela para encarar as pessoas, medo de ficar sem dinheiro, tornozeleiras no pé,medo de ser reconhecido na rua,paura de ir pra cadeia e outras cositas mais que não prometem ano bom.

 

Aqui ser faz aqui se paga ?
Quem semeia vento colhe tempestade ?

Cada um colhe o que semeou ?

 

Não sei. Não posso e não quero julgar.Mas a Justiça existe no Céu e na Terra. E muitas vezes, aquilo que nós humanos perdoamos, o Universo não perdoa.

Meu Brasil vai mudar. Queremos que mude.Oramos e pedimos muito por essa mudança.Que seja uma mudança benigna, que ampare os menos favorecidos com boa educação, suporte médico, justiça sem burocracia e economia estável e solidária.

Será que finalmente nossas florestas vão poder respirar em paz ? Será ? Porque sem recursos naturais ficamos pobres, sem proteção e entregue a própria sorte.

Abençoada floresta Amazônica,abençoado Aquífero Guarani,abençoados rios e cachoeiras, abençoadas minas subterrâneas, e toda vida animal. Essa riqueza não pode ser dilapidada levianamente e nem ser contaminada com venenos químicos que nos adoecem e matam.
 O Brasil precisa de governantes dotados de sabedoria Divina e inteligência Espiritual. Só boa intenção e índole boa é pouco.

          

                                                   Maria da Penha Boselli* / Maat* 2018